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CASA DA PSICANÁLISE - Capacitando Multiplicadores


Os Três Eixos Fundamentais da Formação em Psicanálise


1. Teoria e Técnica das Diversas Correntes Psicanalíticas

Ao longo da Formação em Psicanálise Clínica, o aluno será conduzido ao estudo aprofundado das teorias e técnicas que compõem as principais correntes psicanalíticas — desde Sigmund Freud e os clássicos fundadores até os grandes pensadores que expandiram e ressignificaram a prática ao longo do século XX e XXI.

A psicanálise diferencia-se de todas as outras abordagens terapêuticas por apropriar-se do conceito de inconsciente, compreendendo que é através do fenômeno da transferência que a escuta e o processo de cura se estabelecem.

A prática clínica se justifica quando leva o sujeito a interrogar-se sobre o próprio sofrimento, a reconhecer o que o move, o que o angustia e o que o faz desejar.
O mesmo sujeito que sofre é também aquele que ama, sonha, deseja e cria — e é justamente nesse movimento entre dor e desejo que a psicanálise revela sua essência transformadora.


2. Análise Pessoal e a Jornada de Autoconhecimento do Analista

análise pessoal é a experiência central da formação psicanalítica.
Ela representa o compromisso ético e existencial do analista em manter-se em permanente processo de análise, reconhecendo que o inconsciente exerce domínio sobre toda a vida consciente.

Cabe ao analista, com seus recursos técnicos e sensibilidade clínica, tornar consciente o inconsciente, atuando como um decifrador das mensagens internas, dos símbolos e dos desejos que se manifestam nas falas, nos sonhos e nos gestos do analisando.

A análise pessoal tem por finalidade restaurar o desenvolvimento emocional interrompido, reequilibrando as dimensões reflexiva, cognitiva e afetiva do sujeito.
Assim, o processo analítico torna-se um caminho de integração entre razão e emoção, promovendo consciência, autonomia e amadurecimento psíquico.

Mais do que um requisito da formação, a análise pessoal é um caminho de autotransformação, permitindo ao futuro psicanalista viver em si mesmo aquilo que oferecerá ao outro: a possibilidade de cura, escuta e liberdade interior.


3. Supervisão Clínica e o Aprofundamento da Prática

supervisão é o terceiro eixo que consolida a formação do psicanalista.
Ela constitui-se como um processo de habilitação e aperfeiçoamento profissional, no qual o candidato é acompanhado por analistas experientes em sua prática clínica.

Durante a supervisão, o estudante reflete sobre seus atendimentos, revisita suas hipóteses e amplia sua capacidade de interpretação e manejo do material analítico.
É nesse espaço de diálogo e estudo que se desenvolve o olhar clínico, o discernimento técnico e a postura ética do analista.

O objetivo fundamental da supervisão é tornar o candidato apto e consciente do uso do método psicanalítico, contribuindo para o desenvolvimento de uma escuta refinada, pautada na ética, na empatia e no compromisso com o inconsciente.


Síntese

Esses três pilares — Teoria, Análise Pessoal e Supervisão — compõem o tripé da formação psicanalítica.
Eles sustentam não apenas o saber técnico, mas o ser analista: alguém que, pela escuta, pelo estudo e pela própria análise, aprende a transitar entre o consciente e o inconsciente, compreendendo o humano em toda a sua complexidade.

“A psicanálise é, antes de tudo, uma arte de escutar — e quem aprende a escutar o outro, aprende também a escutar a si mesmo.”
Ricardo Dih Ribeiro

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