Ricardo Dih Ribeiro
11/10/2021 20:24:08
No dia 06 de maio de 1856 nascia aquele que mudaria para sempre o modo como a mente humana seria tratada: Sigismund Schlomo Freud, mais conhecido como Sigmund Freud, o fundador da Psicanálise. Seu método de terapia começou a ser testado com o uso da hipnose para tratamento de pacientes com histeria. Logo ele percebeu que poderia ter acesso às memórias e trabalhar com o inconsciente das pessoas.
Suas teorias e seu tratamento com os pacientes são controversos desde Viena, Áustria, no século XIX, até os dias atuais. As ideias elaboradas por ele são, frequentemente, discutidas e analisadas como obras de literatura e cultura geral em adição ao contínuo debate ao redor delas no uso como tratamento científico e médico.
Nesta obra encontra-se a densidade de quatro décadas do trabalho de Sigmund Freud, editada com agilidade que transmite as ideias essenciais do psicanalista. Um texto em que Freud sedimenta as teorias sobre o desenvolvimento libidinal do aparelho psíquico, além de explorar a coordenação dos elementos cruciais de sua segunda topologia do aparelho psíquico, como as exigências pulsionais do id, os métodos de satisfação do ego e a gestão do superego.
Aqui Sigmund Freud aborda os processos inconscientes, pré-conscientes e conscientes envolvidos nos sonhos, incluindo sonhar, recordar e relatar o sonho. O livro desenvolve um método para conseguir acesso ao sonho, tomando elementos de suas experiências prévias com as técnicas de hipnose e com o tratamento da histeria através da técnica de associação livre.
A obra analisa investiga as origens da infelicidade, além do conflito entre indivíduo e sociedade e suas diferentes configurações na vida civilizada. O livro proporciona um mergulho na teoria freudiana da cultura, segundo a qual civilização e sexualidade coexistem de modo sempre conflituoso.
Michael Kahn explora os principais eixos da teoria psicanalítica de Sigmund Freud. Usando conceitos-chave, como o complexo de Édipo, a compulsão à repetição, culpa, ansiedade e mecanismos de defesa, Kahn demonstra a importância de Freud em nossa vida cotidiana.
Esta síntese das principais ideias de Freud são apresentadas em oito capítulos: A primeira fase; A teoria da mente; Sonhos, erros, sintomas e chistes; Sexualidade; A neurose: sua natureza, causa e cura; O inconsciente e o ego; A última fase; Civilização e sociedade.
Um documento raro e impactante que narra e comenta os anos iniciais da pesquisa de Freud e sua curiosa relação com a cocaína. Este audacioso estudo chega a conclusões surpreendentes, como admitir que o consumo da droga foi essencial para que Freud tivesse a autoconfiança necessária para mergulhar em suas teorias mais inovadoras e escrever A interpretação dos sonhos.
Introdução didática que esclarece, à luz de Freud e Lacan, os conceitos mais importantes da teoria psicanalítica, entre os quais: pulsão, recalque, sintoma, real-simbólico-imaginário, objeto a e sublimação.
Ao desenvolver amplamente os dois eixos principais da psicanálise (sexualidade e linguagem), o autor enfatiza o abandono do funcionamento instintual – produzido pela aquisição da postura ereta, a bipedia – e o consequente advento da pulsão como fatores essenciais e fundadores da espécie humana.
Supereu (Editora Almedina)
A autora Priscilla Roth apresenta o “superego” referenciado nas obras de Freud para o esclarecimento de questões de conflito da psique humana que podem desencadear quadros de estresse e depressão.
Priscilla ressalta as considerações de Freud a respeito do ego, que aqui será interpretado como um produto parental, além de explicar sobre as manifestações do conceito de Édipo e demais teorias da psicanálise.
O livro foi escrito por vários psicanalistas e fala sobre como a psicanálise é importante também para o tratamento de crianças e adolescentes que estejam passando por algum distúrbio ou frustração ao serem analisados seus sentimentos e comportamentos.
Os autores são também professores em cursos de especialização em psicanálise da criança pelo Instituto Sedes Sapientiae (São Paulo) e a obra serve como referência ao trabalho clínico da psicanálise na fase infantil e também na adolescência.
O autor levanta uma interrogação: como os analistas recebem cada novo consultante? Propõe observar, atentamente, esse cenário das entrevistas iniciais como um possível veículo para sair da crise que acomete a psicanálise.
“Na medida em que a psicanálise renovou a compreensão da maioria dos fenômenos psicológicos e psicopatológicos, mesmo a do homem em geral, seria possível, num manual alfabético que se propusesse abarcar o conjunto das atribuições psicanalíticas, tratar no apenas da libido e da transferência, mas do amor e do sonho, da delinquência ou do surrealismo. A nossa intenção foi completamente diferente: preferimos deliberadamente analisar o aparelho nocional da psicanálise, isto é, o conjunto dos conceitos por ela progressivamente elaborados para traduzir as suas descobertas. Este Vocabulário visa, não a tudo o que a psicanálise pretende explicar, mas antes àquilo de que ela se serve para explicar”.
Laplanche e Pontalis
Um pediatra e psicanalista inglês que subverte a noção de espaço, acabando com a dicotomia interno e externo, e que coloca o paradoxo no centro da experiência subjetiva e da cultura. Os processos mais elaborados da subjetividade humana têm sua origem na experiência num espaço que não é nem dentro nem fora, transicional, potencial.
Estudos sobre a histeria, ou Studien über Hysterie , foi co-autoria de Freud e seu colega Josef Breuer. O livro descreve o seu trabalho e estudo de um número de indivíduos que sofriam de histeria, incluindo um dos seus casos mais famosos, uma jovem conhecida como Anna O. O livro também introduziu o uso de psicanálise como um tratamento para a doença mental.
Sobre a psicopatologia da vida cotidiana, ou Zur Psychopathologie des Alltagslebens, é considerado um dos principais textos que descreve a teoria psicanalítica de Freud. O livro dá um olhar mais atento a uma série de desvios que ocorrem durante a vida cotidiana, incluindo esquecer nomes, lapsos de linguagem (aka lapsos freudianos) e erros na fala e memórias escondidas. Ele então analisa a psicopatologia subjacente que ele acreditava que levava a tais erros.
Três ensaios sobre a teoria da sexualidade, ou Drei Abhandlungen zur Sexualtheorie , é considerada uma das obras mais importantes de Freud. Nestes ensaios, ele descreve sua teoria do desenvolvimento psicossexual e introduz outros conceitos importantes, incluindo o complexo de Édipo, inveja do pênis, e ansiedade de castração.
Em Os chistes e sua relação com o inconsciente, ou Der Witz und seine Beziehung zum Unbewußten , Freud observou como piadas, muito parecidas com os sonhos, poderiam estar relacionadas com desejos ou memórias inconscientes. Teoria do humor de Freud é baseada em sua teoria do id, ego e superego. De acordo com Freud, o superego é o que permite que ao ego gerar e expressar humor.
Totem e tabu: Alguns Pontos de Concordância entre a Vida Mental dos Selvagens e dos Neuróticos, ou Totem und Tabu: Einige Übereinstimmungen im Seelenleben der Wilden und der Neurotiker , é uma coleção de quatro ensaios que aplicam a psicanálise a outros campos, incluindo a religião , antropologia e arqueologia.
Em Sobre o narcisismo, ou Zur Einführung des Narzißmus , Freud descreve sua teoria do narcisismo. No livro, ele sugere que o narcisismo é na verdade uma parte normal da psique humana. Ele se referiu a esse narcisismo como primário ou a energia que que está por trás instintos de sobrevivência de cada pessoa.
Como um dos livros mais famosos de Freud, Introdução à Psicanálise (ou Vorlesungen zur Einführung in die Psychoanalyse), Freud descreve sua teoria da psicanálise , incluindo a mente inconsciente, a teoria das neuroses e sonhos. O prefácio, escrito por G. Stanley Hall , explica: “Estas vinte e oito palestras para leigos são elementares e quase coloquiais. Freud apresenta com uma franqueza quase assustadora as dificuldades e limitações da psicanálise, e também descreve os seus principais métodos e resultados apenas como um mestre e criador de uma nova escola de pensamento pode fazer. ”
Em Além do Princípio do Prazer , publicado originalmente em alemão como Jenseits des Lustprinzips , Freud explorou sua teoria dos instintos em maior profundidade. Anteriormente, a obra de Freud identificou a libido como a força por trás das ações humanas. Neste livro, ele desenvolveu a teoria dos instintos de vida e morte.
Em O Futuro de uma Ilusão , originalmente publicado como Die Zukunft einer Illusion, Freud explora a religião através de uma lente psicanalítica. Ele descreve suas próprias ideias sobre as origens e o desenvolvimento da religião, e sugere que a religião é uma ilusão composta de “… certos dogmas, afirmações sobre fatos e condições da realidade externa e interna que contam um algo que não tem-se descoberto e que afirmam que se deve dar-lhes credibilidade. ”
Em Moisés eo Monoteísmo, publicado pela primeira vez em 1937 como Der Mann Moses und die monotheistische Religion, Freud utiliza sua teoria psicanalítica para desenvolver hipóteses sobre eventos do passado. Neste livro, ele sugere que Moisés não era judeu, mas em vez disso foi um monoteísta egípcio antigo. Esta foi a última obra de Freud e, talvez, um dos seus mais controversos livros.
Elisabeth Roudinesco, Michel Plon
Esse dicionário faz um recenseamento e uma classificação de todos os elementos da psicanálise. Apresenta os caminhos pelos quais esta construiu, ao longo do último século, um saber singular, contendo em seus cerca de 800 verbetes.
Inclui também: bibliografias detalhadas após cada verbete, trazendo as edições publicadas no Brasil; conceitos psicanalíticos com versões em cinco línguas; extenso índice onomástico; cronologia com os fatos marcantes da psicanálise.
Mais de cinqüenta autores são responsáveis pelos 319 verbetes que compõem esta obra traduzida da terceira edição francesa. Trata-se de uma obra que enfatiza tanto os conceitos inaugurais freudianos quanto as contribuições de Lacan, em sua proposta de retorno a Freud e à especificidade da clínica psicanalítica. Seus verbetes não se consti
Este dicionário de psicanálise aborda cerca de 900 noções freudianas e pós-freudianas, apresentando-as em verbetes dedicados às biografias dos principais psicanalistas do mundo, às suas obras mais relevantes, aos acontecimentos que marcaram a história do movimento psicanalítico nos diferentes países onde se implantou, às principais instituições que ilustraram o seu desenvolvimento e às contribuições de grupos que, em dado momento, estiveram ligados a ele, como os junguianos e os adlerianos, por exemplo.
No total, são apresentados 1572 artigos redigidos por 400 autores diferentes. Os artigos são organizados por ordem alfabética e acompanhados de uma breve bibliografia que se encontra completa no final do segundo volume. Um glossário propõe, em cinco línguas, a tradução dos principais termos estudados.
No final de cada artigo, é sugerida a consulta de outros verbetes que contêm informações complementares, permitindo assim uma pesquisa ordenada ou somente associativa, segundo as necessidades.
Em “A Psicanálise dos Contos de Fadas”, Bruno Bettelheim faz uma radiografia das mais famosas histórias para crianças, arrancando-lhes seu verdadeiro significado. O autor mostra as razões, as motivações psicológicas, os significados emocionais, a função de divertimento, a linguagem simbólica do inconsciente que estão subjacentes nos contos infantis.